sábado, 31 de agosto de 2013

Pedro Teixeira - "Eu e a Cláudia somos bastante críticos um com o outro"

carreira de Pedro Teixeira, de 32 anos, disparou depois da série juvenil ‘Morangos com açúcar’. Quase dez anos depois, o ator fala do desafio que é dançar no horário nobre, sobre o seu papel na novela ‘Destinos Cruzados’ e ainda da relação com Cláudia Vieira.
- Como surgiu o convite para participar em ‘Dança com as Estrelas’?
- Foi fácil. Estava nos estúdios a gravar ‘Destinos Cruzados’ e a Helena Forjaz [diretora de comunicação da Media Capital, dona da TVI] foi ao estúdio e veio me dizer a mim e à Rita [Pereira] …
- Então foi um convite coletivo?
- Não, ela chamou-nos individualmente e convidou-nos. Disse-me que estavam a contar comigo para o programa e perguntou qual era a minha resposta.
- Aceitou o desafio de imediato?
- Não foi de imediato. Falámos, tentei perceber como ia ser o programa e depois de algumas conversas que tivemos resolvi aceitar, arriscar e aproveitar para me divertir um bocadinho.
- Trabalha neste projeto com alguns colegas da TVI. Isso também foi um fator importante para aceitar o convite?
- Sim. Exceto a Raquel Tavares e o Calado, já os conhecia a todos. Alguns são mesmo meus amigos. Outros não conheço tão bem, mas dou-me muito bem com eles. O grupo é muito interessante, de gente que gosto bastante e daí também ter aceitado este convite.
- Como é que está a ser esta experiência até agora?
- Cansativa, mas divertida.
- Não tem folgas?
- Temos, à segunda-feira. E ao sábado só vem quem quer e quem pode. Mas de resto treinamos terça, quarta, quinta e sexta. Mas as folgas dão para descansar o suficiente, para estar com boa energia todos os domingos e para fazer um bom programa e divertir as pessoas que nos veem.
- Costuma ficar nervoso antes de entrar na pista?
- Sim, mas com o tempo vamos aprendendo a lidar com os diretos. Todas as semanas passamos por esta experiência e acabamos por estar melhor de semana para semana.
- O objetivo é vencer?
- O meu objetivo é divertir-me, aprender a dançar e tirar o máximo partido disto. No fundo acabamos por ter aulas com profissionais, todos excelentes, de "borla" e quem melhor que eles para nos ensinar a dançar. Acho que estou no sítio certo. Tenho aulas diárias de seis horas com uma excelente professora.
- Nas duas últimas galas ficou nos últimos lugares. Como foi ir ao frente a frente?
- É muito complicado, porque estamos a ser avaliados um contra o outro pelo público e isso, parece que não, mas stressa bastante. Estamos ali a sofrer um bocadinho.
- Como é que lida com as votações?
- Esta semana [frente a frente que ditou a eliminação de Pedro Barroso] não me correu como estava à espera. Andámos a trabalhar uma coisa, os ensaios correram muito bem e quando foi a doer as coisas não saíram como era esperado. E o júri está aqui para avaliar e avaliaram de forma correta. Já sabia quando me deram aquela pontuação, e com as outras pontuações que fui vendo, porque fui o primeiro a dançar, que bastava que aos outros corresse normalmente para terem melhor que eu.
- Também já se lesionou nos treinos…
- Não foi nada de grave, apenas torci o pé, mas nada de importante.
- Ficou aliviado por não sair?
- Muito aliviado.
- A sua última personagem foi o ‘Moisés’ em ‘Destinos Cruzados’. Como foi fazer esta interpretação?
- O ‘Moisés’ foi um bom presente que a TVI me deu. Na altura, quando o Barreira [António Barreira, autor da novela] me ligou a dizer que tinha o personagem ‘Moisés da Consolação’ para mim, e me contou as características dele, fiquei imediatamente expectante para ver mais, para ler o guião, para ver o que é que era aquilo. Fiquei feliz, foram oito ou nove meses muito bons para mim. Ia todos os dias feliz para o trabalho e se não ia ficava quando entrava. Posso dizer que saía sempre feliz da Quinta dos Melos [onde estão os estúdios da Plural] e isso para mim é tudo. Divertir-me no trabalho e fazer o que eu gosto é muito bom para mim.
- Identifica-se de alguma maneira com o ‘Moisés’?
- Não, nada. A não ser talvez no valor que ele dá à família, que hoje em dia é raro. E o ‘Moisés’ põe a família em primeiro lugar.
- Este foi o seu papel preferido até agora?
- Posso dizer que foi o mais divertido de fazer até agora, mas tive outros que gostei igualmente de fazer. Este foi, de facto, o mais divertido.
- Que outras personagens tem entre as preferidas das que já fez?
- Gostei muito de fazer o ‘Simão’, nos ‘Morangos com Açúcar’, que foi a minha primeira personagem, o ‘Matias’ no ‘Anjo Meu’, e agora esta. Penso que estas três foram as que mais me marcaram.
- Tem por hábito ver as novelas que faz? É crítico em relação ao seu trabalho?
- Costumo ver as novelas que faço numa fase inicial. Nos primeiros dois, três, quatro meses sigo atentamente e tento diariamente ver a novela, para perceber também que caminho é que a personagem está a tomar, o que é que estou a fazer, no que é que posso melhorar e o que é que não está bem. No fundo, tento também perceber a linguagem da novela e como é que depois é vista pelo telespectador. Depois, sinceramente, com o tempo, o acumular do trabalho e com o cansaço, é um dos pontos que vou descartando. Deixa de ser diário e, se calhar, acabo por ver uma vez por semana.
- Já tem outros projetos em vista?
- Não. Tenho de acabar isto [‘Dança com as Estrelas’], que para mim podia ter acabado agora, ainda não foi desta, mas de resto não tenho nada certo. Agora é esperar. Há coisas que são faladas, mas nada em concreto.

- Tem contrato de exclusividade com a TVI?
- Sim, até meio do próximo ano.
- Já teve convites de outras estações?
- Não. O convite nunca surgiu.
- E projetos em cinema ou em teatro?
- Lá está, também são coisas faladas, mas são aquelas conversas de café entre amigos atores. E acabamos por dizer ‘vamos fazer este espetáculo assim ou assim’. Uns acabamos por fazer outros ficam apenas pela conversa.
- O Pedro e a Cláudia estão juntos desde os ‘Morangos com Açúcar’. Como são um casal de atores costumam assistir ao trabalho um do outro para trocar opiniões e críticas?
- Também numa fase inicial. Quando as coisas ainda estão em construção acabamos por ser bastante críticos um com o outro. A Cláudia dá-me opiniões sobre o meu trabalho. Eu peço-lhe e gosto que ela me dê. É a pessoa mais dura nesse aspeto. E claro que, quando ela me pede, também dou a minha opinião sobre os trabalhos dela. Somos bastante críticos um com o outro, falamos e discutimos as personagens e acaba por ser uma discussão agradável.
- Enquanto ator, o Pedro tem que fazer cenas com alguma intimidade. A Cláudia fica incomodada? Prefere não ver?
- Não. A Cláudia não fica nada incomodada, nem eu fico. No início talvez fizesse um bocadinho de confusão, mas a partir do momento em que nós também fazemos as cenas e sabemos que tipo de sentimento está implícito numa cena dessas... e sabemos o que sentimos, que não há problema, e que aquilo acaba por ser trabalho.
- São um casal mediático. São assediados na rua?
- As pessoas conhecem-nos na rua. Dizem-nos ‘Bom dia’ ‘Olá, tudo bem?’, mas é muito tranquilo.
- Tem algum episódio com alguma fã que o tenha marcado?
- Não. Felizmente, as pessoas que nos seguem e que gostam de nós são bastante educadas e, quando assim é, é com gosto que as recebo e falo com elas, conversamos por vezes, mas não houve nenhum episódio estranho.
- Alguma vez sentiu o rótulo de ser conhecido como o namorado da Cláudia Vieira?
- Já senti, sim. No início as pessoas conheciam-me como o namorado da Cláudia, mas não me faz confusão nenhuma. Também tenho a minha carreira e ela tem a dela. É uma coisa que não me faz confusão nenhuma.
TRABALHO: AINDA SEM PROJETOS
O ator neste momento está inteiramente dedicado ao programa ‘Dança com as Estrelas’, na TVI. Terminadas as gravações da última novela, Pedro Teixeira está à espera de novos projetos. 
INTIMIDADE: FICÇÃO E VIDA REAL
Pedro e Cláudia Vieira conheceram-se em 2004, em ‘Morangos com Açúcar’, e apaixonaram-se a contracenar. Nove anos depois, o ator não teme que uma situação destas volte a acontecer. "Não tenho receio algum. É uma ideia que nunca me passou, pela cabeça. Mas claro que são coisas da vida e que podem acontecer um dia. Tudo pode acontecer na vida. Nunca estamos certos do futuro e é o que torna as coisas interessantes", confessa. Para Pedro Teixeira, o segredo de uma relação feliz e estável é a amizade. "Estamos juntos há nove anos. Penso que seja o facto de sermos muito amigos. Acho que a amizade é a base de tudo.
APOIO NAS REDES SOCIAIS
Cláudia Vieira expressa todas as semanas o seu apoio ao ator através das redes sociais. Na sua página de Facebook escreveu: "Mais uma vez simplesmente arrebatador". Apesar de nunca ter estado presente nas galas de domingo à noite, a atriz tem colocado imagens apelando ao voto dos portugueses no namorado. 
FAMÍLIA: REAÇÃO DA FILHA
Maria, a filha de Pedro Teixeira e Cláudia Vieira tem três anos e já reconhece os pais quando os vê na televisão. "Claro que nos reconhece e sabe que é o pai que está a dançar com a Mónica [parceira de Pedro Teixeira em ‘Dança com as Estrelas’], por exemplo, mas não passa disso".
"A Maria tem uma característica muito especial. Quando chamamos a atenção para um de nós, ela imediatamente puxa a atenção para ela, como se tivesse uma espécie de ciúmes. Acho que é essa a definição", revela o ator, acrescentando que a filha "quer a atenção para ela e por isso não liga muito ao ver os pais na televisão". 
PERFIL
Pedro Teixeira nasceu a 23 de dezembro de 1980. Viveu a maior parte da infância no Seixal. Estreou-se em 2004 na ficção portuguesa no papel de ‘Simão’, em ‘Morangos com Açúcar’, série que protagonizou. O também modelo vive com a atriz Cláudia Vieira, com quem tem uma filha, Maria, de três anos.
Para além dos vários papéis na ficção nacional e alguns trabalhos como modelo, Pedro Teixeira já fez cinema e algumas peças de teatro. A última foi ‘Os Portas – Comédia da Noite’, em setembro de 2011. 


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